terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cuidado comigo.Eu queimo!

É feita de sonho essa minha vertigem de frutas do conde de restos de tijolos das construções erigidas a dedo nu. Eu mesma entalho os quadros que penduro nas paredes imaginadas das celas dos quartos dos brancos hospitais internos. Incomodo uma meia dúzia e outra dúzia e meia abençoo. Se sou artista e soo comunista ou um tantinho autista busco as rimas na gaveta vazia de dicionários extintos vocábulos ardentes nas chamas das velas que anunciam um novo amanhecer. Dolorido amanhecer radiante de raios de sol coloridos. Quem pediu pra nasceu? Quem conduziu os braços e os padrões estabelecidos anteriormente quando nem sinal de vida havia? Se sou comunista e soo autista é que sou artista da letra desconjunta. Junto verbo com verbo e sai um amontoado de minhocas famintas de entendimento. O sebo não gruda as canelas nem os prantos liberam alegorias deveras. Das Veras, dos viadutos, dos verões que evaporaram nos dias de frio sucessivos arranhões nos portões de um céu sem nuvens. Vadio. Ou do inferno. Que seja. Se sou autista e soo artista é que sou comunista sem um pingo de remorso pelas noites mal dormidas insones pesadelos desacompanhados ou mal acompanhados ou indispostos pesos nos cabelos que operaram maravilhas num mundo inexistente in-ven-ta-do. Ventania. Se sou comum se sou arisca se sou feminista enfrento a conquista e todos os xis e todos os 'ipisilons' impostos pela minha condição de ser nada num mundo vazio de milhares de pontos finais de sem números de pingos nos is de incontáveis exclamações viris. De meninos hostis. De ocos homens soltos. De zumbis. Se arrisco se petisco se permeio se costuro se entretenho se encorajo se arrebento atormento enterneço atordoo é que sou pólvora e assoalho. Não me tem nenhum povo. Não me agrada nenhum enigma. Não me prende nenhum perdão. Danço e disfarço as letras em cantigas quase insaciáveis de compreensão. Se sou delírio não me abuse. Não lamba os beiços da lua. Que o mistério é explosão. E nenhuma costura te alcança a alma depois de rasgado o desejo depois de tida a expulsão. 04.08.2009 - 14h30min

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