segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Epitáfio Segundo
Aqui jaz a aurora
de dias ardentes
tão ardentes que consumiram
a si mesmos
na própria chama.
Aqui jaz a fauna e a flora
a lágrima solitária
o riso falante
o desejo latente
de permanecer
n'algum brilho anoitecido
n'algum som difuso
n'alguma gota de chuva.
Aqui jaz a que nunca esteve
o estudo do improviso
a exaustão em forma de gente.
Aqui jazem os livros
os versos
os sonhos dormidos
os sonos despertos.
Jaz meu limite
meu fôlego
meu intelecto.
Jazem minhas duras penas
minhas pás diversas
meus pés velozes
meus papéis rasgados
meus punhos cerrados
meus erros
meus medos
meus modos.
Aqui jaz meu epitáfio.
03.08.09 - 16h
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