quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Batom

Batom vermelho. Mais que sedução, força. De batom vermelho, enfrento o trânsito e transito entre os passantes desconhecidos, que nem suspeitam quem sou. Mais que colorir o rosto, minh'alma se ilumina de sangue quente. O mesmo sangue passional que me ferve nas veias expostas, versos do meu próximo poema. Uma leve melancolia me acompanha. Essa mesma que nasceu comigo, e comigo entrará no céu. De boca vermelha, ouço Maysa: "Ne Me Quitte Pas". Um adeus vermelho, sangrado, pulsante, vital. Um quase não-adeus... De boca vermelha, de alma vermelha, de vermelhas faces, abro a porta e recebo de braços abertos as flores da vida: pétalas de rosas vermelhas, ainda que ladeadas de espinhos, lindas, perfeitas, perfumadas. Vale a pena... 10.09.2009 - 15h37min

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