domingo, 17 de janeiro de 2010

Honorífico


Arremato a sensação única
de não estar sozinha.
Pesquiso alternativas outras
que levem à ordem seráfica,
das alusões aos lírios.
Um passo depois do outro.
Tranquilamente desperdiçados
os ninhos se misturam
na subida do morro.
Meu estilo é o caos concreto
a dança das cadeiras estáticas
os lados dos cubos espasmódicos
nas reviravoltas dos assoalhos dos mundos.
Conquisto os instrumentos das falas
e falho na aquisição de novas regras.
Sou exemplo de extermínio e sabotagem
no canto da planta do sapato de salto alto
quebrado na última dança. Tango.
Na bainha do dia
torço a expectativa da sala vazia.
Embrulho o papel
deixo pra lá os ajustes
e crio a seleção dos riscos.
Arrasto a prancheta
acomodo os gastos
desgasto as bordas das orelhas.
É meu livro que acumulo aos poucos
no meio das confusões e detalhes fortes.
Desmitifico a invenção da lua
e encontro a trégua
até a próxima jornada.
O encanto seguinte...





17.01.2010 - 15h

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