segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Partida

Tudo vai...
Tudo geme.
Todas as linhas são trens.
Todos os ais moram nos homens.
Que vão.
Que voam nos vãos dos trilhos.
De quem?
Ai...


Geme essa tua dor de adeus
sem leme que te guie
sem guarda que te guarde
sem rota que te acompanhe
ou torne diminuto esse teu reclame.

Treme essa tua dor no adeus
tem um aceno e um remédio
um que de estrela, um certo breu.

Tomba essa dor pr'adeus
pranteia a soma do que se perdeu
sem sombra de dúvida ou quimera
quem dera,
quem dera.

Tudo vai...
Tudo geme...
Tudo treme
nas linhas de trem
que além de ais
nada têm.
Quem dera,
quem dera...

Ai...




22.02.2010 - 23h32min
A partir de uma foto de um dos álbuns
de meu amado amigo Adrebal Lírio.
Fonte de permanente inspiração.

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