quinta-feira, 13 de maio de 2010

Descompasso

Não sou de agora
um descuido do tempo
um buraco na esteira
que se estende
através dos séculos
e pronto
cá estou eu
fora do meu tempo
deslocada
louca
perdida.
Sem saber o que fazer
dessas minhas idéias
que não cabem em caixa alguma.
Sem entender os porquês
nem os interesses que me rodeiam.
Sem encaixe nem salvação.
Eu,
louca,
sem canto onde pousar a cabeça
e descansar da procura.







13.05.2010 - 13h

3 comentários:

Marcio disse...

Freud explica.

Ricardo Kersting disse...

Não é bem assim não! sabes muito bem o porquê de tudo isso. Talvez não aceites as condições, mas é natural..queres moleza é?

Simone Toda Poesia disse...

Ricardo:

Quero sim....rsrsrs... Moleza é uma coisa que, ao menos nesse contexto, seria muito bem-vinda...rs... só de vez em quando, ao menos... alguns minutos por dia me seriam suficientes... ah, fala sério, nem é pedir muito, pra quem nunca teve descanso. Aliás, acaba de me ocorrer: que tal esculpires uma caixa em mármore do espírito santo, pra eu ver se essas minhas idéias cabem nela? Por favor...rs...



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Marcio:

Não sei se Freud explicaria isso... Na verdade, acho que eu daria um baile nele...kkkkk


Abraços para os dois