sexta-feira, 14 de maio de 2010

Louca


Sou uma louca, bêbada de ilusão


sou luz de vagalume queimado

e vestido vermelho transparente

em noite de lua cheia

e cupido sorridente.

Sou o que nunca tinha sido

e pesadelo de olhos acordados

em ovelha sonâmbula imprecisa.

Sou a junção de juncos empobrecidos

de fios de algodão e laços de tinta

pendentes de enfileiradas facas sem fio.

Sou o ontem decente

e a revolta desta manhã

lutando nas minhas pernas

que insistem em me levar

até o limite do dia que vira chuva de confete

sem resposta que se alimente.



Sou uma louca

dançando sobre folhas

de fios de espadas enfileiradas.



INDECENTE.
 
 
 
 
Exatamente à meia noite, no limite entre os dias 13 e 14 de maio de 2010

Um comentário:

Luciano disse...

Não sou nem louco de discordar de você...Hehe


Saudações poéticas

Luciano