Nas curvas das horas
teus passos chegam cinco antes
enquanto os meus se arrastam
do lado de cá do Oceano.
Teu relógio não se ajusta
ajuíza minhas vontades
e derrete o fio do tempo
que assume proporções diversas.
Fina seda de vento soprado
pelas veias onde corre teu nome.
Duas sílabas douradas
entremeadas aos meus versos
nós de marinheiro no deserto
dessas mesmas horas
sedentas de ti.
Te espero.
31.05.2010 - 20h44min
3 comentários:
Espera deitada, que sentada ou de pé cansa.
Você mergulha fundo e sobe à superfície com a mesma leveza de uma bailarina. Fala de saudade sem de saudade falar. Diz de esperança sem de esperança dizer. Você é única.
Beijos
Cello
E eu, viajante no futuro, imerso nele e olhando o passado onde agora estás, te deixo mensagem cifrada que sobrevive às curvas que o tempo-espaço forma: Não precisas esperar. Estou contigo marque o que marcar o relógio.
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