quarta-feira, 30 de junho de 2010

Carpe diem

A minha arte
é um escudo
contra a morte iminente.
Não fossem meus olhos
que seria da minha poesia?
Não fosse a poesia
que seria da minha existência?
O que há em mim
esfarelo na folha virgem
e garanto mais um dia.
Amanhã
ritual repetido
té que se esgote a íris
e a força do verso
já não me seja suficiente...







30.06.2010 - 02h20min

Um comentário:

Marcello disse...

Se a poesia lhe faltar, se o chão debaixo dos seus pés ceder, se você se pegar completamente só, grite. Ouvirei você.





Beijos
(Sua produção é linda, rica, visceral. Mas você anda triste e eu não gosto disso. Cuide-se; e conte comigo)



Cello