Vives a minha vida
meio de lado
clara sombra imperceptível.
Quando preciso de ti
onde?
Quando não
porque?
Vives a minha vida
de "revesgueio"
oscilando entre a ausência
e a ilusão de acompanhamento.
Quando pergunto por ti
onde?
Quando não
o que?
Vives a minha vida
só de letra
gravada na pedra que apaga
sem preciosidade alguma
sem cortante instrumento
além do que já sabes
e do que já acendeste deveras.
Quando procuro por ti
onde?
Quando não
em que?
Vives a minha vida
confortavelmente
sentado na poltrona em frente
sem intimidade
sem pestanejar de dentes
(sim, dentes pestanejam, ao ranger).
Quando padeço por ti
onde?
Quando não
pra que?
Responde!
19.10.10 - 02h59min
Um comentário:
Pois eu só repeti o que você disse aqui.
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