domingo, 5 de dezembro de 2010

Bem

Tantas pontas nuas
nuances de espátulas
e plantas de pés descalços.
Tantas horas confirmadas
nas felpas dos fios
nas plumas dos lençois
manchados com meu sangue
curados com teu sal.
Feitiço feito a ferro e tempo
exigido nó presente
na capa do disco
qu'inda não ouvi
(por isso, invento).
Meu nome no teu grito
argumento único da tua chegada.
Sensação de prazer cumprido
na mancha no chão do quarto
testemunha da tua doce investida.
Teu sono tranquilo.

O fim não termina
quando anuncia o novo começo.

Na despedida
recuso a tristeza
saciada que me sinto
de alegrias.

Outros planos
diferentes dos já tidos.

Pontas de barbantes molhados
vasos de estrelas
posições estapafúrdias
contas que não fecham
- nem deveriam -.
A união faz a força da energia.
Urgência resolvida
agora é cuidar da lembrança
e
assim
à distância
permanecer alimentando
o mais bonito dos meus dias...




05.12.2010 - 12h45min

Um comentário:

Blue Knight disse...

Por onde quer que eu passe, não escaparei de ser um forasteiro.
Um homem de mil estradas e sem rumo certo pela vida... Um viajante que não chora na partida.