sábado, 15 de janeiro de 2011

Essência

Esmeralda é pedra espalmada
no extremo oposto da noite
em que meus olhos
relutantes de aceitar a morte
permanecem abertos
atentos ao próximo gênese.
Horizontalmente
doo a cartada final do embate
quando as luzes já não bastam
e os pesadelos cercam as janelas e
os botões acesos dos aparelhos
desligados das tomadas de força
formados de cinzas e cantoneiras brancas.
Não me importa a coerência rara
na alta madrugada
em que me encontro
- eu e os meus fantasmas todos -
frutos de entremeios
que me eximem da culpa
de não dormir.
Esse desejo impoluto
de saciar-me de vida e mistério
ondas de lacrimejantes febres
manifesto de energia em mim
é que rascunha meus próximos versos
os ritmos que me permito
os laços que abro e sustento e vibro.

Raiz dessa minha controvérsia essencial...




15.01.11 - 14h 03min

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