terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Salvador

Ponto único no espaço
vazio de palavras.

Perfume natural de dia ensolarado
em que as demências viram suor
e os delírios, preces de monges cegos
nas curvas de picadas abertas à mão.
Desdenho o próximo verso.
Aproximo o desenho do verbo
feito quem planta o surreal.
Dali visita meus cabelos
nas pontas dos pincéis gastos
dos relógios derretidos de amanhã.
Dispenso as horas e os horrores.

Ponto espasmódico da palavra
vazia de unidade...



11.01.11 - 15h58min

2 comentários:

Anônimo disse...

Delícia!

Anônimo disse...

a palavra diz tanto e tão pouco, né?