Ponto único no espaço
vazio de palavras.
Perfume natural de dia ensolarado
em que as demências viram suor
e os delírios, preces de monges cegos
nas curvas de picadas abertas à mão.
Desdenho o próximo verso.
Aproximo o desenho do verbo
feito quem planta o surreal.
Dali visita meus cabelos
nas pontas dos pincéis gastos
dos relógios derretidos de amanhã.
Dispenso as horas e os horrores.
Ponto espasmódico da palavra
vazia de unidade...
11.01.11 - 15h58min
2 comentários:
Delícia!
a palavra diz tanto e tão pouco, né?
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