No sexto dia
amanhecido de vapores e sonolências
bate à porta um não-sei-que
que desmente o dito e o não-dito.
No sexto dia
há vestígios de clemência
suicidados logo ali, onde as colheres tem açúcar
e onde as línguas dizem o que a ninguém atinge.
No sexto dia
as campanhas compram pirulitos e hortelãs
os comportamentos saem das peles,
cobras trituradas em gaiolas frias
pra virar delírio e maçã.
As amarras se soltam
no sexto dia
e eu acordo pra vida:
um punhado de letras
na mão esquerda
na direita, uma palma vazia.
04.02.2011 - 05h
Um comentário:
...no sétimo dia descansou...
Belo poema.
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