sábado, 30 de julho de 2011

Desabafo



Viajo na garganta seca
arranco meu sonho das nuvens
e planto sementes no inferno
onde o fogo suporta-me as crises.

Com força, sigo a linha estreita
dos costumes questionáveis
e das insensatas lutas.

Não abandono meus medos
nem eles desgrudam de mim.

Minha mente sua sangue
desestrutura a simplicidade
complica qualquer instante.

Arrebato restos de salivas
desperdiçadas entre dentes.

Rasgo a ferida.
Aceito o dia.
Permaneço
nua.

Em mim.



Na primeira hora e 37 minutos, do dia 30.07.2011

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