Atei um nó cego
no meio da garganta ardida
confessei mudez diminuta
parti à sombra descoberta
cismei imensidões malditas
invadi privacidades propostas
cortei puseiras coloridas
tateei caminhos e pausas
pontuei falhas nas pautas
afastei cuidados feridos
precipitei respostas falsas
acendi centelhas ardentes
fagulhas de lavas duras
caí doente de cordas
nuns versos reticentes
que libertaram fantasmas
e inventaram penitentes.
Ateei um nó cego
no fogo d'agulha da hora
haikai que fosse insistente
do verbo que a mim não foi dito.
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