sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Dentro de mim

Lá fora, um canarinho canta. Cantigas que desconheço. Cânticos de louvor, suponho. Canções... Lá fora, um bem-te-vi avisa ter me visto. Mas como, se eu mesma não o vejo, entre as árvores? Lá fora, o vento dança na paisagem e me prova que movimento é vida. Lá fora há verde, rosa, vermelho, lilás e branco, nas flores plantadas no meu jardim. Lá fora, muito distante, um sino toca. Lá fora há poesia, alegria errante, procurando um canto, pra fazer morada. Cá dentro, um ninho vazio espera por ela. Enquanto ouço o canarinho, o bem-te-vi, o vento, o sino... Enquanto espero que a poesia encontre comigo... 04.01.2008 - 17h55min

Um comentário:

Anônimo disse...

A ave canta por intuição, não espera aplausos. É dispensável vê-la para ouví-la. Como diria Sant Exupery: "O essencial é invisível aos olhos". Um ninho vazio está repleto de esperança que as vezes não é vista, mas sentida. Parabéns pelo belo texto, que nos remete aos recônditos da alma.Sucesso, amplo!