sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Fantasmas
Meus fantasmas brincam de esconder
entre os véus do tempo
que me circula e insiste
em me mostrar, no espelho, que
passou....
Meus fantasmas buscam as brechas
entre os tijolos dos muros que construí
e que insistem em me mostrar, no espelho, que
não adiantou...
Meus fantasmas viram piruetas,
fazem caretas, arrancam as cortinas de tule
do quarto todo branco, sem dores,
e insistem em me mostrar, no espelho, que
as dores vêm,
elas vêm
vêm...
Meus fantasmas me acompanham
são brancos, negros, azuis, vermelhos,
são bonitos, são astutos, são vários,
são livros, são, eles próprios, espelhos,
que me espreitam e revelam,
a cada olhadela minha,
inda que de soslaio,
que não sou a mesma,
que já fui,
que não voltei,
que não sei,
que não há lei,
que sonhei...
Acorda, Simone!
Olha o sol!
04.01.2008 - 21h34min
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