Pinta de azul essa linha que traças
entre as linhas pretas do caderno de notas
que as traças, um dia, haverão de comer.
Pinta de rosa os caminhos que atravessas
pois que são teus passos nele
que haverão de revelar quem és.
Pinta de vermelho as paixões que abraças
entre os braços quentes de vida e prazer
que a passagem dos anos haverá de conservar
entre as tuas mais sagradas lembranças.
Pinta, com todas as cores que conheces
e as que ainda estás por conhecer
teus dias, tuas noites, tuas companhias.
Pinta a cara, a rua, a madrugada,
pinta a parada de sucessos antigos
que guardas nos discos,
nos velhos discos de vinil.
E sonha com o tom de um mundo azul anil.
Onde as vestes e as aparências
serão reflexos das cores e das canções
de dentro do teu ser, das profundezas...
Pinta hoje.
Cria.
Transborda.
Ei, poeta,
pinta
hoje!
08.01.2008 - 22h29min
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