quinta-feira, 17 de abril de 2008

Depois do amor

Escancaro as janelas ao pôr do sol as portas estão abertas e se aproximam os visitantes. Escolho as palavras que espero fluir se escondo as escadas é pra deixar claro que não quero intrusos. Exercito a audácia no risco e recomeço de onde parti. O prato quente repousa sobre a toalha de renda improvisada e nada disso é importante tudo nada na imensidão do que considero impreciso e a solução não existe nem aconselha a experimentação. São demais os caminhos tortos e o estertor que confunde as lentes escurecidas dos óculos velhos. Nas mesas dispostas, nenhum par. Estão quebradas as pernas das cadeiras e as carteiras estão vazias de sentimentos. Um gosto de sal enche o espaço vazio e a tinta acaba bem no meio de uma frase sem sentido algum e sem destinatário certo. A televisão ligada se exibe para ninguém e os fantasmas se sentem à vontade para sentar entre os convidados ilustres e amassar as almofadas de cetim lilás jogadas sobre os tapetes batidos. Não se deu o encontro. O encanto não se fez. Depois do amor só um adeus curto e seco para se dizer... 17.04.2008- 18h01min

3 comentários:

Nathalia disse...

Basta um segundo para que o encanto nasça.
A sintonia, a sincronia...

Ou o adeus.

Basta um segundo. E só.

Anônimo disse...

A sentença esta nas linhas hora perseguiida com ritmo, hora sem.

Se percebemos podemos mudar.
Se não percebemos somos frios, sem reais sentimentos!

Uma sentença de morte e outra de vida. A escolha é nossa...

Anônimo disse...

"O amor é o que de mais doce e de mais amargo existe" Eurípedes


...há quem depois do amor, fume um cigarro...há quem olhe a amada nos olhos bem fundo...e diga:obrigado1...