quinta-feira, 17 de abril de 2008
Sentença
Estaca cravada no peito da rima
ferida inútil nascida de cicatriz
amor moribundo entre almas cambaleantes
soco no estômago da noite sofrida
fervor de primavera em pleno gelo ártico
pele de urso polar.
O sol escorrega pelos anéis dos meus cabelos
envermelha o horizonte perdido
de vaporosas nuvens brancas
envenena os sais e os depósitos
de cristais azuis do quarto crescente
da lua de São Jorge
que desaba ao amanhecer.
São pragas as pregas das roupas
que não servem mais.
O ensino da língua é úmido
e corre o risco de secar um dia
in-ter-mi-ná-vel sombra que
acompanha o veredictum fatal:
FINITO!
17.04.2008 - 01h03min
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2 comentários:
A pressa passa...
...dilui-se entre aquilo tudo que falta.
"tem em consideraçáo o fim" Plutarco
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