sábado, 12 de abril de 2008
Produção
Produzo sem pestanejar
que os olhos foram feitos pra ver
não pra fechar as janelas da alma
e esquecer que as entranhas
os anéis e os dedos e as esquisitices todas
são partes importantes do meu cotidiano
e da minha criação louca.
Produzo sem pressa de colheita
ou de precisão de letra na tela quente
de um computador impertinente
que sopra dissabores entre as dores
e os dotes e os bilhetes e as mensagens
e as distorções e os contrários e as impressões
todas estranhas ao que eu nem imaginei
um dia querer dizer...
Aliás, dizer não me basta.
Eu quero aprender.
12.04.2008 - 02h40min
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Um comentário:
vejo, no mínimo, dois pontos.
Apesar de eu não ter a pretensão de me fazer entender quando escrevo, as impressões estranhas a cerca da minha tentativa de expressão - que chega semanticamente distorcida, ao avesso, pelas mensagens todas - são, no mínimo, frustrantes.
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