sexta-feira, 6 de junho de 2008

Confusão

Ansiar é não-morrer as portas arrancadas dos umbrais os freios, equilíbrios, vendavais estremecem nas curvas do tempo que inexiste, que embriaga a perda e sustenta a pedra da gruta da vida, que se esvai por vias tortas. Os ruídos atrapalham os princípios e as telhas se desprendem suporte frágil dos dias de sol. Assistir é não-sofrer o desfile das horas impróprias na provável carne dura. São cruas as experiências conflitantes são curvas as excelências dissonantes são cruéis as insistências difamantes são minhas são tuas as marcas dos pés molhados nos limites que separam o que fomos do que haveremos de ser... 19.05.2008
(Este poema fazia parte de um projeto
que foi abortado. Um aborto na folha em branco.
Mancha de sangue. Vida escorrida na escuridão.
Agora é madrugada. 04h06min do dia 06.06.2008
e aconteceu o fato)

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