sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ou não?

Eu canto o que de incerto há
na desmedida ânsia do acerto
no enigma daquilo que virá
(ou não).
Sublinho os cantos dos espaços
em que os acentos são traços
das poesias de terceiros
que sequer passaram por lá
(ou não).
Legitimo as assinaturas todas,
as envergaduras, os folhetos,
os resumos, os envelopes lacrados,
os trabalhos perdidos
que atestam a minha ignorância dos fatos
(ou não).
E insisto e acredito e invisto
naquilo que se anuncia já amadurecido
(ou não).
Adormeço depois ou nunca mais
(ou não)...
06.06.20085 - 22h24min

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