quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Rotina
Cravo as unhas
na paredes da rotina.
Ranhuras diárias
rugas que contam a história
do que poderia ter sido
e, por isso mesmo, foi.
Previsíveis rusgas
estorvos
estouvos
extorções
de uma energia já parca.
Parto,
para partilhar de graça
o que jamais tive.
Participo do ritual do leite
da carne, do sangue, do vinho,
da sede das multidões omissas.
Omito que sou uma delas.
Só uma delas, minto.
Uma.
Delas.
E nada mais.
11.09.2008 - 16h36min
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Um comentário:
Oi, caríssima, gostei muito dos desenhos; não sei porque, mas acho muito bonito estes contornos sem o rosto, só os contornos com alguns detalhes, fica uma beleza elegante. Gostei muito do teu comentário, sobre o rastro de poesia, mãos nos bolsos, etc. bjs
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