domingo, 22 de março de 2009

Fotografia

Em tempos idos fui mistério

que hoje jaz, em foto amarelada.

Em tempos idos fui lágrima e chupeta

que hoje jaz, em lembranças recortadas.

Em tempos idos fui insegurança

fui 'talvez', fui incógnita ciranda.

Os tempos idos brotam hoje

nesse mesmo 'talvez'

nesse igual mistério

nessa idêntica esperança.

Jazigos que trago em mim...

Aos 44min do dia 22.03.2009

Um comentário:

Ricardo Kersting disse...

É, em tempos idos fomos erguidos pelos nossos pais..Hoje? Não raras são as vezes que sinto vontade de um ombro amigo de quem sobrou, mas eu é quem deveria carregá-lo nos meus braços para onde ele quisesse ir. Lindo poema..
Beijos...