sábado, 7 de março de 2009

Vida

Catártica armadura. Catástrofe e amargura. Solidão. Na curva do rio um peixe luta contra o ar que lhe explode os pulmões. Na curva do rio um cão abocanha a presa e não ouve sermões. Na curva do rio uma voz inventa canções e não há solução. Na curva do rio um sopro de luz um carvalho antigo um pio um suspiro. Na curva do rio a certeza de hoje a loucura da vida a volúpia do pão. Na curva do rio sobre a tua, a minha mão. E tudo haverá de valer pra Pessoa, pra mim, pra que possas saber. 07.03.2009 - 15h44min (De mim, pra TI)

Um comentário:

Ricardo Kersting disse...

Esse Ti é um Ti de sorte! Puxa fui te provocar e olha só o que aconteceu! O melhor de tudo é que não sei qual poema é o mais bonito!
Sempre é bom, fartura de poesia! Esse poema é lindo, li duzentas vezes!
Um abração...Minha bela poeta..