sexta-feira, 17 de julho de 2009

Tempo XXI

Estão extintas as horas exatas. Só vejo os quebrados nos ponteiros tortos dos relógios parados que carrego ao pescoço tiquetaqueando as sombras que acompanham a passagem vai saber de quem. Penduricalhos inúteis, os minutos são os limites do meu susto. Cada quarto de hora é um quarto de honra vazio é um quarto de queijo prato é um quarto de lua crescente minguante cheia. Cada segundo é o primeiro espaço na tela de contas entrelaçadas que eu não sei resolver. Quebro o vidro do tempo que passa sem me avisar nem me mostrar o porque. Adianto o relógio atraso a vida tranco a medida exata que eu não sei precisar nem vou aprender. E me dou por satisfeita. Mais um dia. Ascender? 17.07.2009 - 16h

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