quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Surpresa

Dizia o poeta que depois da luz segue-se a noite escura
então, digo eu, o oposto também é a verdade crua.
Foi o que eu vi, foi o que ouvi e o que pude perceber nessa jornada de hoje.





E quando tudo parecia igual
sem nenhuma significativa alteração
sem perspectiva
nem de mudança a alusão,
depois de sacramentada minha jura,
tu chegaste.
Vieste silencioso e leve
no abraço da madrugada.
Sem cuidado ou pudor
descortinaste tua história
perfumada de verdade.
Teria sido um susto
talvez fatal queda
não fosse tua quase infantil inocência.
E agora?
D'onde a força pra resistir?
Mas pra que resistir
se nada me prende
e nada me impede
de arriscar-me à descoberta
de tudo o que contigo tens aí?

Silencioso e leve chegaste
no suave abraço da madrugada.
Ao partir, sonolento e doce,
deixaste, de presente,
um beijo de sol desse teu campo bom.

E eu não poderia resistir...






14.01.2010 - 6h50min
Boa noite... ou seria Bom dia?






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