segunda-feira, 26 de abril de 2010

Letra de Mulher

Pingos intermitentes tamborilam no telhado vazio


Metal na mente, anel, arrepio
um sem número de gente é ninguém
se as cruzes são iguais.
Pingentes.
As melodias pesquisadas
contam histórias outras
desconhecidas graças
reconhecidas forças.
E agora que os sons diferem
daqueles com os quais me habituei
outros mundos se revelam
outras tendências
outra lei.
Rouquidão na voz amplificada
na filosofia matemática
da solução dos enigmas
em forma de arco-íris
de pingo de chuva na janela aberta
de gato preto no telhado da esquina monitorada.
Da próxima esquina
bem ali
onde meu braço alcança
onde vira hoje
o fio d'esperança
que se recusa a ficar pr'amanhã.
A fonte verte a vida
na  medida exata da minha sede
mais
decerto
me afogaria
e o sumo do teu sangue
não seria.
Tuas franjas
tuas barbas
tuas orelhas
as vertigens que provocas
e os sentidos que latejas
nas curvas quentes desta igreja
de virtudes e desejos
que te fartem
té que dancem teus olhares
e descansem tuas carnes
sem padres nem santos ou deuses.

Só eu.

Que os limites se\nos rasguem...




26.04.2010 - 01h42min

2 comentários:

Roger disse...

Falta a esse poema uma sonoridade mais forte. Percebe-se que ele PRETENDE ser forte, mas não o é. O ritmo fica comprometido várias vezes e as rimas são fracas. Você gosta de dar sugestões. Dou-lhe uma, então, que você altere no mínimo o último verso. Não gostei. O leitor não fica sabendo qual é a sua. Se você escreveu errado de propósito aquele se\nos ou se foi um erro de digitação. Se foi, corrija. Se não, mude. Está muito ruim.

Bom trabalho.

Um dia, você chega lá.

Blue Knight disse...

Ao cidadão aí de cima:
Cabe-lhe uma citação de Nelson Rodrigues : "Invejo a burrice, porque é eterna".
No seu caso além de eterna, é vasta.