Escrevo minha poesia
em linha de papel amassado.
Compactuo com o silêncio
consumo a prática da letra
entre as esporas do dia.
Minhas feridas são lágrimas
nas vírgulas que desdobro
dessa folha azulada.
Os olhos que me espreitam
buscam deslizes
acima dos medos
além dos dizeres
encontram meus pontos
costurados nas filas
recém riscadas de espelhos.
Refiro-me aos limites
e às esperas dos desenhos
que meus versos
haverão de ressuscitar.
12.06.2011 - 21h59min
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