Eu sou um livro ao avesso
sem capa, prefácio ou chocolate.
Frase inacabada
no meio da mordida acesa.
Sou a parte de dentro
a língua molhada
a cabeceira inversa.
Eu sou um livro rasgado
arrastada linha paralítica.
Umedecido segredo
fala interrompida
intuito de fechadura.
Sou passagem obrigatória
no caos do escuro.
A fuga
a febre
a fúria
da ponta dos dedos.
Eu
editora dos meus medos.
14.06.2011 - 21h48min
Um comentário:
Versos que se convertem em cinzas, sem retraimentos são levados aos quatro ventos, chegam ao destino, são apreciados.
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