terça-feira, 14 de junho de 2011

Ou não Ser

Eu sou um livro ao avesso
sem capa, prefácio ou chocolate.
Frase inacabada
no meio da mordida acesa.
Sou a parte de dentro
a língua molhada
a cabeceira inversa.

Eu sou um livro rasgado
arrastada linha paralítica.
Umedecido segredo
fala interrompida
intuito de fechadura.
Sou passagem obrigatória
no caos do escuro.
A fuga
a febre
a fúria
da ponta dos dedos.

Eu
editora dos meus medos.






14.06.2011 - 21h48min

Um comentário:

Anônimo disse...

Versos que se convertem em cinzas, sem retraimentos são levados aos quatro ventos, chegam ao destino, são apreciados.