quinta-feira, 14 de julho de 2011

Poesia

Fértil é o dia
em que brotam letras
bolhas de sabão
grafitadas
na folha virgem medida.
Qualquer motivo é verso
a ajuda pedida
e negada
o botão entreaberto
o aperto no peito
a linha do trem
a nova oração
o espelho quebrado
o medo invertido
a emoção.
Qualquer razão é bastante
o dente do siso
a farda verde
o fardo dormente
a circunstância
a pompa
o absurdo
o inconsequente.
Qualquer imagem é presente
inclusive a de mil novecentos e oitenta e cinco
ou antes
ou dois mil e onze.
Fértil nascença de estrofes.
Alimento.







14.07.2011 - 19h55min

Um comentário:

Anônimo disse...

oitenta e cinco
dente do siso,
é passado
n usa isso,
tenho medo
n abro mão
eu te preciso