Todos os pássaros revoam agora.
Todas as línguas se entendem
e todos os pecados são perdoados.
É dia.
Fez-se luz, e o sol é uma realidade aqui.
Quebrados os espelhos,
as imagens passeiam soltas,
livres da prisão da moldura,
da tortura de saber-se plágio.
O céu foi pintado de um azul intenso
sem nuvens ou máculas. Firma mente.
Firme convicção de que somos mais
que isso que pensamos ser e nos propomos
a construir, em nossa pequenez de propósitos.
Minha escrivaninha está vazia.
Nua de livros, canetas, cadernos, papéis, agendas.
Nada dança em minhas mãos.
A palavra, paralisada, vai se extinguindo aos poucos
té que, em toda a minha vida, espaço destinado
especialmente ao verso, nada mais reste, a não ser
SILÊNCIO...
04.02.2008 - 19h16min
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