sexta-feira, 23 de maio de 2008

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Rasgo o peito na densa e solitária escuridão ensangüentadas letras paridas na dor escorrem ao longo da página... Se queres meus porquês e meus sonhos plantados nas palmas das tuas mãos as mesmas mãos que jamais alcançaram as minhas impedidas pelas distâncias insondáveis das placas das estradas dos sentimentos inenarráveis ou sequer existentes, liberta a voz rouca, latina latência das madrugadas sem testemunhas ou confessos pecados mortais. Rompo as cadeias da gangorra do tempo. Cheguei antes e me atrasei. Sou rastro na areia escaldante pé de vento uivante, minuano no deserto a cantar pra ninguém. 23.05.2008 - 03h58min

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