sexta-feira, 16 de maio de 2008

Quando?

Quando a gente sonha, é só imaginação? Quando a gente imagina, é só assombração? Quando a gente dorme e não sonha, morreu? Quando a gente não dorme, mas sonha, sofreu? Quando a gente rumina um dito, é teimosia? Quando a gente pesquisa um mito, é geografia? Quando a gente constrói um barco, é marinheiro? Quando a gente tem fome, basta o dinheiro? Quando a gente pergunta, uma resposta é suficiente? Quando a gente responde, a pergunta foi pertinente? Quando a gente emudece, estremece, cora, é sinal? Quando a gente fala, empalidece, demora, é fatal? Quando a gente amanhece sem sonhos, sem imaginação, sem assombração, sem morte, sem sofrimento, sem teimosia, sem lamento, sem mitos ou heróis, sem nenhum de nós, sem cordas de marinheiros, sem circos ou picadeiros, sequer sem baderneiros, sem respostas ou perguntas ou consentimentos conseqüentes, mas amanhece, impaciente, é a VIDA? A vida que dança diante ou dentro da gente? Nos primeiros 10 minutos do dia 16.05.2008

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