O pardo fardo
na poeira da estrada.
O farto prato
na beira do abismo.
A língua amarrada
na farpa do clima.
O cataclisma aquecido
na prece do dia.
A tecelã embrutecida
no fiapo da vida.
A faca, o queijo, o pão,
o mantimento da lida.
A mala, o beijo, a mão,
o lamento na partida.
O parto da letra
na folha da sina.
Palavra vazia.
18.06.2008 - 23h32min
*Só mais uma dor...
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