Componho canções abstratas
do que suponho indispensável
aos dizeres das grutas
fechadas para balanço
nos fins de semana
das primeiras impressões
largadas nas calçadas encardidas
dos caminhos mil vezes trilhados
e outras mil abatidos
por fendas e decotes desconhecidos.
Aliso as madeixas
remexo nos bolsos vazios
procurando moedas de papel
e bilhetes rasgados de tempos idos.
Nada resta além da dedicatória
escrita às pressas
depois da exigência
depois de ontem
quando as esperanças foram outras
e os futuros se sabiam
obsoletos.
Ainda assim...
... a vida segue...
14.01.11 - 21h33min
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