domingo, 2 de março de 2008

Sobriedade

Desordem na importância das horas acordo quando deveria dormir durmo quando deveria acordar não devo, quando deveria devo, quando não deveria recuso-me a andar nos trilhos evito as trilhas e prefiro os caminhos ainda não abertos por mãos alheias exploro, imploro, recolho impressões inexatas e cheias de erros pagãos não sei o que digo e dito mistérios alquímicos para um escrevente invisível que me olha sem me ver e me sorri um sorriso desdentado e cru não sei o que sigo e sinto a cegueira dominando o mar não sei o que desconheço nem o que conheço nem o que não sei. Ando a esmo, meio sem rumo ou propósito de ilha perdida ou deserta ou povoada de estranhos seres compostos de estrelas e brilhos artificiais. Lúcida. Aos 42 minutos do dia 02.03.2008

Nenhum comentário: