terça-feira, 9 de setembro de 2008

Escravidão

Escrava das linhas que escrevo
deixo-me conduzir pelo vocábulo
que soa suave nesse setembro
de madrigal madrugada.
Sou o que eu quiser ser aqui.
Sou anjo ou sagitário,
esperma fecundante,
flor pisada no asfalto,
insuportável inseto esvoaçante.
Sou literata, culta, séria.
Seria inclusive sereia
se assim desejasse.
Mas sou apenas eu mesma,
escrava dessas linhas que escrevo...
09.09.2008 - 03h

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