terça-feira, 9 de setembro de 2008

Dores

Que me importa se me roubam os versos? Pois que meu coração já não mora em meu peito fugido de mim faz tempo. Desertou-me. Esses verbos que engasgo na folha suja de sangue são os restos das veias ovais palpitantes ainda do tanto de vida, que te ofereço. Bebe meu cântico desafinado nessa noite fria de um inverno que se recusa a partir. Também meus olhos desistem de dormir. Não querem sonhar com os teus. Não querem chorar na escuridão. As lágrimas ficam coloridas na claridade de um dia de sol. Viram poesia e dóem menos. Pretextos pra não morrer. Ilusão... 09.09.2008- 04h11min

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