terça-feira, 9 de setembro de 2008
Miragem
Desenho a silhueta que vejo no espelho
confronto meu rosto com o dela
e sei que não sou quem mora em mim
mas pareço muito comigo mesma
e engano os mais renomados artistas.
A farsa diária se repete ininterruptamente;
matutina construção do personagem
que eu desconheço por completo.
Não quero rimar com flores ou amores
ou palavras leves, suaves, femininas.
A mulher é aguda e grave
concentra a força e a magia
dos mistérios que deslizam
lágrimas abaixo,
saliva protegida de silêncios.
A mulher está vazia.
09.09.2008 - 03h21min
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