O aderir das caldeiras
informa canções de outrora
embebidas de imaculadas autorias
mensagens urgentes de reflexos
que a gente não sabia
nem poderia saber.
Os armazéns guardam relíquias
de lembranças compradas com sangue
e susto amanhecido
pórticos de estrelas
e pontos estratégicos que não se leem
nem se transcrevem, deveras.
Para além dos mundos conhecidos
situamos insuficientes declarações
adivinhamos pedaços de segundos
que a gente não sabia
nem poderia saber.
Solto o cabresto
a queda é suspeita de crime
não-concluso.
A arma branca mora na língua
que a gente não sabia
nem poderia saber.
Mas dissemos
em alto e bom som
alardeamos a promiscuidade
de nossos sonhos
subimos ao alto dos morros mais altos
pra vertiginosamente
descer
e a gente não vivia
nem poderia morrer...
14.01.11 - 17h32min
Um comentário:
Adorei!
Postar um comentário