Quando tu vens, todos as sombras se dissipam
todos os medos emaranham-se em abstratos rolos irreais
todos os segredos são castanhos
todos os muros são transpostos
e nada interfere em nada
nem nos umbrais das portas fechadas
nem nas distâncias materiais
ou nas impossibilidades físicas
talvez inexatas
talvez oníricas
talvez banais.
Quando tu vens, tremem dos meus cabelos os cachos
e todos os sábados
e todos os domingos
e todos os feriados
são teus olhos,
são teu brilho,
são teu riso solto
que ecoa nos ninhos
que eu queria pra nós.
Quando tu vens, nenhum soluço permanece
e o próprio silêncio já é prece
ou insistente desejo de que a vida
assim
de repente
pare ou passe sem pressa
de
va
gar
como merece
tudo o que realmente vale
na minha vida
ou na tua
ou quem sabe
na vida dela
que tu sabes
que se enternece
só de ouvir falar em TI.
Quando tu vens...
30.03.2009 - 22h44min
Foto: datada de 30.03.2009 -EU
terça-feira, 31 de março de 2009
Quando tu vens...
Quando tu vens, todos as sombras se dissipam
todos os medos emaranham-se em abstratos rolos irreais
todos os segredos são castanhos
todos os muros são transpostos
e nada interfere em nada
nem nos umbrais das portas fechadas
nem nas distâncias materiais
ou nas impossibilidades físicas
talvez inexatas
talvez oníricas
talvez banais.
Quando tu vens, tremem dos meus cabelos os cachos
e todos os sábados
e todos os domingos
e todos os feriados
são teus olhos,
são teu brilho,
são teu riso solto
que ecoa nos ninhos
que eu queria pra nós.
Quando tu vens, nenhum soluço permanece
e o próprio silêncio já é prece
ou insistente desejo de que a vida
assim
de repente
pare ou passe sem pressa
de
va
gar
como merece
tudo o que realmente vale
na minha vida
ou na tua
ou quem sabe
na vida dela
que tu sabes
que se enternece
só de ouvir falar em TI.
Quando tu vens...
30.03.2009 - 22h44min
Foto: datada de 30.03.2009 -EU
quarta-feira, 25 de março de 2009
Papiro
Here or Hero? (não-herói, mas aqui)
Peremptório
Psicodélico
Impressionismo
terça-feira, 24 de março de 2009
Código (Morse?)
Sequência
Suspensão
segunda-feira, 23 de março de 2009
Dois
Um
domingo, 22 de março de 2009
Fotografia
Em tempos idos fui mistério
que hoje jaz, em foto amarelada.
Em tempos idos fui lágrima e chupeta
que hoje jaz, em lembranças recortadas.
Em tempos idos fui insegurança
fui 'talvez', fui incógnita ciranda.
Os tempos idos brotam hoje
nesse mesmo 'talvez'
nesse igual mistério
nessa idêntica esperança.
Jazigos que trago em mim...
Aos 44min do dia 22.03.2009
Querer
Eu
sábado, 21 de março de 2009
Um grito surdo
Salvação II - A Lista
Salvação
Sonho ou fantasia?
sexta-feira, 20 de março de 2009
Confusão
Viagem
quarta-feira, 18 de março de 2009
Delírios

Flocos de talco flutuam próximo ao meu copo sujo O sangue suga a ferida da vida E assim toco meu gado uivante pra não dizer que o outono derreteu os meus calos A assadeira calunia a todos os descrentes na vinda do segundo Reich o absurdo desmente o medo que me amputa o sono Me torna homem-mulher, com cólicas, TPM e profusão de pêlos e desejos conecto com o mundo de Sofia e lambo os beiços da escuridão Somente para conseguir daquela acetinada o último grão-de-café de Shambala dentro do bolso da calça rasgada, todas as histórias de Sherazade Nuredim nunca nevou no norte da Noruega mas ao Sul do Equador, os gritos de adeus confundem-me os ouvidos É tanto furacão, tanto transporte... As pessoas voam como pedriscos dentro de sapatos de gigantes Cuidado! Criar asas é arriscar-se à peste da insanidade! Procuro uma coisa que não tem nome nem cara, gosto ou cheiro. Apenas fulgor. E quem disse que o peito não bate mais forte, quando nasce uma alegria? 15.03.2009 - 01h30min
**Ilustração: Barco da Loucura, de Hieronymus Bosch, In:
http://porcaseparafusos.blogbrasil.com/archives/2005_04.html
Bem guardado
Adivinha
Descrição
terça-feira, 17 de março de 2009
Arte
segunda-feira, 16 de março de 2009
Angústia
Argamassa
sábado, 14 de março de 2009
Ignorância
Louca de pedra
Poesia
Bicho
sexta-feira, 13 de março de 2009
Gagueira
Toda poesia tem um fio de sangue escorrido
Toda poesia tem um fio de cabelo vermelho
Toda poesia tem um fio de vida pulsante
Toda poesia tem um fio de um filho errante
Toda poesia tem um fio
e outro fio
e outro fio
e outro fio
fiados
trancafiados
às pressas pelas presas dos tapetes persas
que não fazem parte da história
mas que ortograficamente são perfeitos.
Aqui, toda poesia é contada em letras
e se esvai pelas calçadas estreitas
que gargalham satisfeitas
de nada
de nada
de nada
de nada
de toda poesia safada
que esfrega na cara
a rima feita
EITA!
E o tempo escorre no ralo
do esgoto de rugas
que espreitam a pele exposta ao sol
o sol
o sol
o sol
o sol.
Gaguejo o filme da minha vida....
E não conheço o final...
Mistério
mistério
mistério
mistério
rio....
13.03.2009 - 22h13min

